domingo, abril 26, 2009

Motivação

Valores: responsabilidade de todos
Lourdes Maria Rosa

No decorrer dos tempos, mudanças culturais, econômicas e sociais levaram nossa juventude a ficar cada vez mais independente e incoerente; ela não leva mais as leis, familiares e educacionais a sério; não se sente responsável pelos próprios erros e não assume as conseqüências de seus atos. Com isso, essa nova geração se tornou mais livre e mais libertina, tendo como conseqüência a violência e a criminalidade.

Mas, que valores a sociedade passa a essa juventude? Valores materiais, seria a resposta, ao dar ênfase à corrupção, existente em todas as esferas sociais. Ou seja, o que importa é ter bens e dinheiro, não importando os meios para isso, incentivamos a agressividade e a irresponsabilidade dessa nova geração.

Todos têm uma parcela de responsabilidade. O Estado que se preocupou com quantidade de alunos e não com a qualidade de ensino. A família, com o corre-corre da vida atual, prioriza o trabalho como forma de suprir as necessidades materiais impostas pela sociedade capitalista. A escola, que usa um modelo retrógrado (fordismo), ou seja, a escola como linha de produção em série, tendo como prioridade a aprovação no vestibular, na melhor das hipóteses, ou simplesmente cumpriu a legislação.

Sendo nossa maior realização humana a felicidade, só poderemos efetivamente caminhar em direção a ela mediante uma capacitação e um exercício para o hábito de pensar bem.

Cidadania se adquire de verdade quando o cidadão tem parâmetros e condições para exercitar plenamente sua cidadania, o que não pode fazer se houver impedimentos burocráticos ou de expressão pessoal.

Educar para a emancipação é acreditar que merecemos formar estudantes preparados para uma vida mais razoável, mais profunda, mais feliz. Não é simplesmente trabalhar para atender imposições de prazos e metas e provas, a fim de gerar pessoas conteúdistas e pragmáticas, grandes decoradoras de conteúdos e máquinas de pouca reflexão.

Quando chegarmos ao ponto em que muitas pessoas tenham entendido isto, e quando pudermos todos discordar (filosoficamente) inclusive disto, procurando na intersecção das palavras o que melhor venha a construir um discurso coerente, então seguiremos, todos rumo a uma sociedade mais justa e mais igualitária.

Como diz o existencialista Jean Paul Sartre: “Não importa o que fizeram com você. Importa o que você vai fazer com o que fizeram de você”. Vamos assumir nossa parcela de trabalho por um mundo melhor. Todos temos capacidade de nos tornamos um ser humano melhor. Boa sorte.

Lourdes Maria Rosa, pedagoga, pós-graduada em Gestão Escolar e Gestão Ambiental. Professora do Ensino Fundamental I e Mediadora Pedagógica em cursos EAD do SENAI-SP.

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